terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Como estraguei as férias de verão

Eu acho que minha vida mudou mais depois que entrei para a Cabala do que quando eu despertara. Simplesmente, moravamos eu, minha mãe e meu pai juntos, tudo dentro da normalidade esperada pelos tecnomaus. Meu pai é francês, minha mãe americana. Eu era, o que se espera da normalidade, uma mistura dos dois. Bem, mas agora vou contar como estraguei as férias de verão.
Eu tinha 14 anos na época (hoje tenho 15, rsrsss). Como presente de férias, nós tínhamos ido à terra natal do meu pai, a França. Lá, fomos na "Cathédrale Notre-Dame-de-Strasbourg". Se você já viu aquele filme da Disney, bem, você sabe de onde eu estou falando.

Agora, a parte crítica do passeio:


Cara, quando eu entrei lá dentro, me senti muito esquisita. Minha cabeça doía, me senti como se alguma coisa tivesse me oprimindo, eu quis vomitar mas não consegui, todos aqueles vitrais, aquelas cores, as imagens dos santos, sabe, era como se eu pudesse sentir a fé das milhares de pessoas que acreditavam naquilo, e haviam as estátuas... e houve uma em especial.
Uma estátua destoante das demais, de mármore completamente branco. Era um anjo. Um anjo com asas enormes e ele estava olhando para mim.
Sim, eu disse isso mesmo. Envolta desse anjo, as cores dos vitrais giravam, e os olhos dele eram... a própria abóbada celeste. Eu quase morri de medo, eu achei que estava afundando, alguém devia ter me drogado ou algo do tipo. Ele veio em direção a mim, eu fiquei parada, parada como se a estátua fosse eu. Ele se aproximou, tocou com um dedo na minha testa e eu vomitei tudo o que tinha comido e que iria comer pelos próximos mil anos.

Bem, eu desmaiei e não sei o que houve lá.
Acordei no hotel, as coisas todas arrumadas e minha mãe me abraçando dizendo:
- Tudo bem, já estamos indo pra casa. -- num tom de voz alegre e calmo.

Graças ao bom Deus, meus pais não me perguntaram nada ou ficaram irritados comigo.

* * *

Um comentário:

Anônimo disse...

Apesar do texto ser tecido para o âmbito "lúdico" do rpg, encontra-se nuances, artifícos literários de verossimilhanças. O contexto dessa história carrega uma identidade criada pela a autora( thaynah), que representa uma concepção de "adolescente", mas com as características inerentes da autora. É divertido enxergar isso.